Crianças e adolescentes de instituições de acolhimento do DF contam com reforço no aprendizado escolar por meio do projeto Edukhan. A iniciativa busca ser um modelo eficiente de resgate acadêmico, contando com ferramentas de gamificação e a plataforma digital Khan Academy para aumentar o engajamento dos jovens. O Edukhan é desenvolvido pelo voluntário Daniel Jezini e por uma rede de tutores em parceria com a Rede Solidária Anjos do Amanhã, programa de voluntariado da Vara da Infância e da Juventude do Distrito Federal (VIJ-DF). 

O projeto começou a ser aplicado em julho, de forma piloto, na Casa Transitória de Brasília. A intenção é expandi-lo a outras instituições de acolhimento, começando pela Casa de Ismael, onde alcançará acolhidos e outros jovens carentes. A perspectiva é que possam ser atendidos cerca de 210 jovens. “Estamos nos preparando com carinho para iniciar as atividades por lá junto com o ano letivo. Em princípio, teremos um espaço próprio, mas faltam detalhes, como mesas, cadeiras, computadores, cabos, decoração, reforma do espaço e afins”, conta o voluntário Daniel Jezini. Também há um piloto escolar da iniciativa, a ser realizado em escola pública de Ensino Médio no Guará.

Em seu primeiro ciclo de aplicação, a iniciativa gerou resultados positivos. “O projeto é bem interessante, com uma proposta que parece cativar mais os adolescentes que o ensino comum”, fala Márcio Alves, supervisor da Rede Solidária Anjos do Amanhã. O voluntário à frente da iniciativa completa. “Sabíamos que a plataforma Khan Academy funciona. Ela já é testada em circunstâncias diversas mundo afora. O desafio é encontrar um modelo que funcione para engajar essas crianças e jovens”, explica Daniel. Os jovens terminaram o primeiro ciclo com mais conforto nas operações básicas, além de terem exercitado a escrita com a voluntária de português Camila Gregório.

Mais do que proporcionar conquistas pontuais, o projeto trabalha uma questão estrutural na educação de crianças e adolescentes acolhidos: a defasagem idade-série. “Aprendemos que o atraso escolar desse público é maior do que esperávamos. Alunos matriculados no 9º ano, ou no 1º ano do Ensino Médio, apresentavam dificuldades com assuntos do 2º ano do Ensino Fundamental. Somar números com dois algarismos parece ser um desafio”, conta Daniel Jezini. Para o idealizador do Edukhan, as aulas remotas durante a pandemia acentuaram carências já existentes na aquisição do saber.

O Edukhan é um programa associado à ONG Hope Brasil, afiliada da Hope WorldWide. O projeto ainda não possui patrocinadores, mas conta com doações individuais e “doses massivas de vontade e esperança”, nas palavras de seu criador. A Mirante Informática doou cinco computadores, dois dos quais foram entregues para a Rede Solidária Anjos do Amanhã apoiar a montagem da sala de informática da Gerência de Atendimento em Meio Aberto de Planaltina, que integra o sistema socioeducativo do DF. 

Você pode ajudar o projeto com doação financeira, por meio do PIX da Hope Brasil – chave CNPJ 00.477.488/0001-42, identificar a doação com “Edukhan”, visto que a ONG gerencia diversos projetos. Também é possível contribuir sendo um voluntário – entre em contato pelo e-mail edukhan.hope@gmail.com ou pelo número de WhatsApp 61 98138-7463 (Alessandra).

Mais informações sobre a iniciativa nas redes do projeto:

Instagram: _Edukhan

Página: www.edukhan.ong.br