Parceria da VIJ-DF com psicólogas visa reforçar o trabalho em processos de habilitação para adoção
A Vara da Infância e da Juventude do Distrito Federal (VIJ-DF) promove a capacitação de psicólogas voluntárias para reforçar o trabalho em processos de habilitação para adoção no DF. A parceria com psicólogas vinculadas ao programa de voluntariado da VIJ-DF, a Rede Solidária Anjos do Amanhã, surgiu da necessidade de se procurar alternativas internas para lidar com a elevada demanda de estudos psicossociais nesses processos vinculados à Seção de Colocação em Família Substituta (SEFAM/VIJ-DF).
Após a seleção e o convite feitos pela Rede Solidária Anjos do Amanhã, bem como a apresentação da ideia de trabalho conjunto na última sexta-feira (15), sete psicólogas confirmaram sua disponibilidade para a capacitação, que será promovida pela SEFAM/VIJ-DF. Após capacitadas, a expectativa é que as psicólogas possam ajudar na elaboração dos estudos psicossociais em parte dos processos de habilitação para adoção.
Para desenvolver as habilidades necessárias à realização desses estudos, a capacitação envolve desde a legislação pertinente até o uso dos sistemas que gerenciam a adoção no DF, a confecção do relatório e o modelo de condução de uma entrevista psicossocial. Rebeca de Paula, Maria Cecília Morato e Carlos Henrique Bohm são os servidores à frente da capacitação, que vai ocorrer por meio de encontros semanais on-line, durante quatro semanas, em dois grupos de trabalho. Em agosto, ocorrerá um encontro presencial para avaliação do treinamento, entrega dos certificados e assinatura do termo de compromisso.
Rebeca acredita que a parceria tem benefícios para ambos os lados. “Acredito que vai ser de grande utilidade para a VIJ, assim como pode ser muito enriquecedora para as voluntárias”, defende. A servidora explica que o DF ainda é carente de profissionais na área de adoção. “Uma vez participando da capacitação e trabalhando conosco nos estudos, vão acabar entendendo mais desse universo, que ainda tem poucos profissionais especializados”, afirma Rebeca de Paula.
Na fase do estudo psicossocial, é feita a análise global das condições ambientais e familiares do lar dos habilitandos com vistas ao bem-estar dos adotandos. “Todo processo de adoção é conduzido pensando na criança ou no adolescente. O objetivo é achar famílias adequadas. Não queremos a ideal, queremos a real, que tenha princípios, valores. E é somente através desse estudo que se vai encontrar isso”, explica Rebeca de Paula.
Por meio de escuta especializada, orientações, aconselhamento terapêutico e encaminhamentos, a preparação e o estudo psicossocial permitem inúmeras possibilidades de reflexão e amadurecimento do projeto adotivo. A atuação da equipe interprofissional da SEFAM/VIJ-DF também traz a possibilidade de prevenção de desistências dos adotantes, de novos abandonos das crianças e adolescentes, de futuros sofrimentos e de adaptações malsucedidas.
Fonte: TJDFT