Pais relatam aumento do vínculo e do desenvolvimento do filho anos após a adoção

Pais relatam aumento do vínculo e do desenvolvimento do filho anos após a adoção

Pais relatam aumento do vínculo e do desenvolvimento do filho anos após a adoção

por DA – SECOM/VIJ-DF — publicado 2021-11-10T15:09:00-03:00

Quem conhece o Leandro nem imagina que ele já foi descrito pela pediatra como “um bebezinho que nem se mexia na cama”. O menino cheio de energia nasceu com agnesia de fêmur – um encurtamento na perna – e passou boa parte dos primeiros meses de vida internado, com histórico de paradas cardiorrespiratórias e de convulsão. Ele foi acolhido pelos pais Allan Terra e Wilson Souza ainda aos seis meses de vida, em abril de 2019.

vij adocao leandro1.jpegDesde que chegou à casa da família, Leandro tem quebrado inquietações que eram divididas pelos pais. “Nós tínhamos preocupações com relação à prótese: será que ele vai conseguir fazer tal coisa? Hoje ele consegue fazer tudo. Claro que têm coisas que ele não faz, da mesma forma que outras crianças também não”, explica Allan Terra. Aos três anos, o menino mostra-se bem adaptado à rotina com a prótese: “É algo que já faz parte do corpo dele. Quando ele vai fazer alguma coisa que precisa dela, já pede pra colocar. É algo que ele já entende”. Allan e Wilson acreditam que o ajuste foi facilitado pela própria personalidade do menino e pela criação dada a ele. “Não damos uma criação limitante, deixamos ele se arriscar, ver até onde ele pode ir”, explicam os pais.

Vij adocao leandro2.jpegAlém de mudanças com relação à parte física, Leandro também mostra diferenças em outros aspectos. “Ele tem nos surpreendido cada vez mais. Ele é muito sociável, se comunica muito bem”, conta Allan. O relacionamento do pequeno com a família extensa também continua evoluindo. “Eles têm um vinculo muito forte, apesar de morarem longe. O Leandro não esquece, ele sabe quem é a família dele. É bem bacana ver esse reconhecimento”, agrega o pai.

Para aumentar as possibilidades de adoções como a de Leandro, que não correspondem ao perfil dos pretendentes habilitados à adoção no DF, a VIJ-DF criou o programa Em Busca de um Lar. A iniciativa mostra quem são os meninos e as meninas que ainda aguardam por uma família por não corresponderem ao padrão desejado de filhos – por terem deficiência ou graves problemas de saúde, idade mais avançada ou comporem grupos de irmãos. Clique aqui e conheça mais sobre o programa e as crianças inseridas nele.

Vontade compartilhada

Vij adocao Leandro3.jpegNo primeiro encontro com o hoje esposo Allan, Wilson revelou que estava na fila para adotar uma criança no Rio de Janeiro, onde moravam. “Eu achei bem corajoso da parte dele entrar sozinho. Eu também tinha vontade, mas, sozinho, não vou dizer nunca, mas talvez eu esperasse mais”, conta Allan. Anos depois, eles vieram morar em Brasília e decidiram entrar juntos no processo de adoção. 

Desde o início da habilitação, ambos concordavam que o filho não precisava ser um recém-nascido. Ao longo do processo,  flexibilizaram a idade e acrescentaram a possibilidade de a criança ter deficiência física. “Hoje em dia tem tanto recurso, tanta coisa que pode ajudar. Por que não?”. Em abril de 2019, eles foram chamados à Vara da Infância. Ao contrário do esperado pela maioria dos adotantes, a expectativa do casal não era adotar um bebê. “Quando nos ligaram e contaram que tinha um bebê de seis meses, foi assim: poxa, será que vamos conseguir cuidar mesmo sem experiência nenhuma com criança?”, relata Wilson.

Junto com a questão da idade, veio o histórico de saúde de Leandro e a deficiência motora. “Eles descreveram o perfil dele. Como ele é bebê, é difícil prever o desenvolvimento, foram muito transparentes quanto a isso”, explica Wilson. Após as explicações, os pais pediram para ver uma foto do menino. “Quando mostraram a foto dele falamos: é ele. Aí a gente teve certeza”, recorda Allan. Conheça mais a história desta família em vídeo: https://atalho.tjdft.jus.br/d2TVLr.

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Fonte: TJDFT