Núcleo Judiciário da Mulher completa 12 anos de atuação no DF

Núcleo Judiciário da Mulher completa 12 anos de atuação no DF

Núcleo Judiciário da Mulher completa 12 anos de atuação no DF

por CS — publicado 2024-09-23T18:30:00-03:00

Ilustração de uma margaridaO Núcleo Judiciário da Mulher (NJM) do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) comemora, nesta terça-feira, 24/9, 12 anos de serviços prestados à comunidade do Distrito Federal, por meio da atuação dos 20 Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher e da parceria com entidades públicas e privadas, no enfrentamento e prevenção à violência de gênero.  

Coordenado pelo (as) Juiz(as) TJDFT Fabriziane Zapata, Gislaine  Reis, Josmar de Oliveira e Luciana Rocha, o NJM foi criado em 2012 para atender à Resolução 128/2011 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e  estabelecer um modelo de atuação judicial que favoreça o pleno atendimento da Lei 11.340/2006 (Lei Maria da Penha) e os anseios sociais nela traduzidos.  

A iniciativa reforça o compromisso do Tribunal na efetivação dos direitos da mulher, bem como realiza aquilo que estabelece as normas constitucionais e infraconstitucionais; a Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Violência contra a Mulher; a Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher; e outros tratados internacionais ratificados pelo Brasil. 

“Enfrentamos diversos desafios, como a comunicação e a integração entre diferentes órgãos e entidades; recursos financeiros e humanos limitados; necessidade de capacitar e sensibilizar continuamente os profissionais que atuam na temática; implementação de sistemas de monitoramento e avaliação das ações e programas desenvolvidos. Por fim, enfrentar a resistência cultural e social em relação à violência de gênero é um desafio constante, pois mudanças de mentalidade e comportamento levam tempo e exigem esforços contínuos de educação e conscientização”, afirma a Juíza Coordenadora Fabriziane Zapata.  

Segundo a magistrada, ao longo dos anos, “buscamos criar um núcleo mais sólido e atuante, com fluxos de informações e conhecimentos compartilhados entre os juizados e órgãos responsáveis pelas políticas públicas e sociedade em geral. Esses avanços têm contribuído para um atendimento mais integral, especializado e humanizado às mulheres vítimas de violência doméstica e familiar no DF”.  

Atuação multidisciplinar 

O NJM atua em três eixos, comunitário, judicial e policial, por meio dos quais desenvolve uma série de projetos e programas. No Eixo Judicial, são realizadas ações com o objetivo de propor medidas de aprimoramento do aparelho judiciário na política de prevenção e repressão à violência doméstica e familiar contra a mulher, bem como auxiliar na formação de servidores e magistrados que atuam na área. São programas desse eixo o Grupos Reflexivos de Homens, o Prata da Casa (oficinas para formação dos servidores dos juizados), Pavio (atendimento às situações de alta complexidade encaminhadas pelos juizados), Grupo Reflexivo de Homens da Segurança Pública, Aplicativo Viva Flor e Dispositivo de Segurança da Vítima (DMPP). 

No Eixo Policial, são realizados acordos de cooperação técnica (ACT) e parcerias com vistas a garantir celeridade e qualidade na prestação jurisdicional aos envolvidos em processos da Lei Maria da Penha, assim como promover a integração do Poder Judiciário com a área da segurança pública. Os programas desse  eixo são: disciplina “Intervenção Policial às Ocorrências de Violência Doméstica”, ofertada em todos os cursos de formação, aperfeiçoamento e altos estudos da PMDF; ACT com PMDF para atendimento do Policiamento Orientação à Violência Doméstica e Familiar (Provid), de situações com medidas protetivas de urgência; ACT com UnB e UniCeub para atendimento psicossocial em juizados e delegacias; formações para agentes penitenciários e bombeiros militares; produção de materiais informativos e formativos. 

No Eixo Comunitário, promovem-se parcerias para articulação interna e externa do Judiciário com outros órgãos governamentais e não governamentais. São exemplos de programas desenvolvidos nesse eixo: Maria da Penha Vai à Escola (MPVE); Maria da Penha Vai até Você; palestras em instituições comunitárias; e produção de materiais informativos.  

O NJM ainda atende a população por meio do Balcão Virtual, uma ferramenta que permite a comunicação direta da sociedade com os servidores do Núcleo e os Centros Judiciários regionais, por meio do Teams. O atendimento é de segunda a sexta-feira, das 12h às 19h. 

O dia é de comemoração, mas também de lembrar que o enfrentamento à violência contra a mulher é uma luta de toda a sociedade e pode começar por você. Não se cale. Ao menor sinal de violência, ligue 180, 190 ou 197 – opção 3 e denuncie. 

Acesse  a página do NJM e conheça melhor cada um dos programas e projetos desenvolvidos pelo núcleo. 

Fonte: TJDFT