Nós por elas: Presidente do TJDFT destaca valorização das varas de violência doméstica

Nós por elas: Presidente do TJDFT destaca valorização das varas de violência doméstica

Nós por elas: Presidente do TJDFT destaca valorização das varas de violência doméstica

por ACS — publicado 2022-11-08T11:48:00-03:00

Audiodescrição: foto do palco do CCBB com a presença das autoridades sentadas em semi-círculo, com destaque para o Presidente Cruz Macedo falando ao microfone.O Presidente do TJDFT, Desembargador Cruz Macedo, participou do evento comemorativo ao aniversário de um ano do resgate das Juízas afegãs perseguidas pelo regime Talibã. A iniciativa da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), por meio do Programa Nós por Elas, ocorreu nessa segunda-feira, 7/11, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB).

Em seu pronunciamento, o Desembargador Cruz Macedo parabenizou e agradeceu à Presidente da AMB, Renata Gil, pela liderança nesta causa humanitária internacional. O magistrado destacou também a dívida que a geração dos anos 50 tem com a luta de igualdade das mulheres.

“Sou da geração dos anos 50 e temos uma dívida com a causa, com as mulheres, porque não nos envolvemos nesta necessidade de igualdade. Esse tema não deveria nem estar sendo mais discutido no século XXI, mas é a realidade e nós precisamos conviver com ela. Sempre é tempo de lutarmos por essa igualdade, pela diversidade e pela presença de todos. No nosso Tribunal temos desenvolvido bastante nessa área, na valorização das varas de violência doméstica, por exemplo. É uma das nossas prioridades”, ressaltou o presidente.

LIVRO DIÁRIO DE UM RESGATE

A noite marcou ainda o pré-lançamento do livro-reportagem Diário de um Resgate, que traz os detalhes da maior operação internacional de acolhimento a refugiados. São histórias de mulheres que estão sob a mira dos radicais, personagens que rompem com o silêncio para contar tudo sobre o que é ser mulher e Juíza no regime terrorista e misógino.

O RESGASTE

Desde que o regime Talibã retomou o Poder no Afeganistão, a Presidente  da AMB articulou um grande esquema internacional de resgate de Juízas e de seus familiares que residem naquele país. A operação da AMB mobilizou as entidades estrangeiras e as do Brasil para auxiliar na fuga destas refugiadas (os). Cabe destacar que muitas destas magistradas já haviam condenado integrantes do grupo fundamentalista. Diante da falta de segurança, Renata Gil fez várias tratativas para agilizar a concessão de visto pelo governo brasileiro para realização da acolhida humanitária.

No total, são 26 pessoas afegãs: dez Juízes, sete magistradas e três magistrados, além de filhos e outros familiares.

Participaram  também do evento  o Ministro do STF Dias Toffoli, a  Juíza Maria Isabel da Silva, a ativista pelos direitos das mulheres,  Luiza Brunet, magistrados e autoridades. 

Fonte: TJDFT