Mês da Mulher: conheça o trabalho das catadoras de resíduos que fazem diferença no TJDFT

Mês da Mulher: conheça o trabalho das catadoras de resíduos que fazem diferença no TJDFT

Mês da Mulher: conheça o trabalho das catadoras de resíduos que fazem diferença no TJDFT

por MLC — publicado 2024-03-14T17:41:00-03:00

Imagens das 4 catadoras de resíduos sólidos homenageadas no mês da mulher pelo TJDFTNo mês da Mulher, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT)  homenageia quatro catadoras que recolhem resíduos sólidos nas dependências da Justiça local e destaca suas histórias. Respeito e consideração, não só em datas comemorativas, são os desejos de Aline Sousa da Silva, Leda Maria Silva Santos, Olga Lima de Morais e Nivia Sousa da Trindade, todas arrimo de família.

Aline Silva, Diretora da Central das Cooperativas – Centcoop, começou sua jornada com resíduos aos 14 anos e aos 18 anos entrou para uma cooperativa. Ao todo, são 20 anos. Listou as inúmeras conquistas com o trabalho de  catadora: “conhecimentos; resgate da minha dignidade, antes pedia esmola e vendia doces no semáforo de Brasília; direito à casa própria; estrutura de trabalho; contratação pública e reconhecimento do trabalho exercido”. 

As perspectivas de Aline são melhores condições de trabalho; convencer o Estado de que a categoria precisa de renda garantida pelos serviços ambientais prestados à população, tornar as cooperativas autossustentáveis e promover a união de classe. A Diretora destacou o diálogo, o respeito a todos, a empatia, o compromisso e a responsabilidade como suas qualidades feminina.

Nívia Trindade, Secretária da cooperativa Reciclo, é catadora há 24 anos. Conta que sua maior conquista foi sua moradia. “Ter mais reconhecimento e dignidade com o nosso trabalho” são os desejos para o futuro. Nívia se considera mulher guerreira e leva essa qualidade para o ofício.

Leda Santos, Presidente da Nova Superação, trabalha há 15 anos como catadora de resíduos e sua maior conquista foi conseguir formar os três filhos. Como força feminina, ressalta ser “uma mulher forte e de muita fé em Deus”. Sobre projeto para o futuro, almeja “ver a cooperativa bem estruturada como modelo”.

Olga Morais, Catadora mobilizadora da cooperativa Nova Superação, tem apenas sete meses na profissão e já conseguiu melhoria em relação às despesas. Pontuou gentileza, inclusão, criatividade e harmonia como características femininas usadas na jornada de trabalho. Pretende conquistar a casa própria como catadora de resíduos.

Coleta seletiva

A coleta seletiva foi implementada nos prédios do TJDFT, em 2009, por meio do Programa Viver Direito, e está entre os itens monitorados pelo Plano de Logística Sustentável (PLS). A separação correta na origem e o armazenamento temporário seguro fazem parte das orientações do Plano de Gestão dos Resíduos Sólidos, editado em 2012, logo após a publicação da Lei 12.305/2010, que implementou a Política Nacional dos Resíduos Sólidos.

Em 2023, o TJDFT destinou 103.154,07 kg de resíduos à reciclagem, tendo sido o papel o material de maior quantidade com 99.001,15 kg, devido à digitalização de processos com a transição para o processo judicial eletrônico, conforme relatório de desempenho de metas do PLS.

É de extrema importância que os resíduos sejam destinados de forma correta, tendo em vista a sua posterior manipulação pelos catadores de materiais recicláveis, agentes ambientais indispensáveis para a efetividade da Política Nacional de Resíduos Sólidos.

Fonte: TJDFT