Literatura infantil, obras de artes e bate-papo sobre escrita e pintura marcaram a terceira edição do “Memorial TJDFT Virtual: Arte e Cultura em Casa”. Na tarde desta quarta-feira, 27/10, foi lançado o  livro  “Uai pai, que bicho é esse?”, da escritora Dinorá Couto Cançado, e aberta oficialmente a exposição “Através do Cerrado”, da servidora do TJDFT Luana Melo. O evento completo está disponível no Canal do TJDFT no Youtube.

Uma das 27 telas que fazem parte da exposição é o Flamboyant do TJDFT, pintado sobre aquarela em papel. A obra foi doada ao Tribunal durante o evento. Essa e as demais telas que compõem a mostra poderão ser vistas no site de exposições virtuais do Memorial TJDFT. 

Na abertura, a 1ª vice-presidente e presidente em exercício, Desembargadora Ana Maria Duarte Brito, ressaltou que o “Memorial Virtual” busca estabelecer um “diálogo proveitoso entre a cultura e a Justiça”. “A memória do nosso Tribunal não está dissociada da cultura. Como o evento está sendo realizado no mês de outubro, homenageamos dois grupos extremamente relevantes para nossa sociedade: as crianças e os servidores públicos”, destacou ela. A magistrada lembrou também que o projeto “assume lugar de relevância ao buscar nosso bem-estar físico, mental e emocional, estimulando a função social do Memorial de aproximar o Tribunal dos cidadãos”. 

“Uai pai, que bicho é esse?”

O lançamento do livro e a abertura da exposição foram seguidos de bate-papo, conduzido pelo juiz Renato Rodovalho Scussel, titular da Vara da Infância e Juventude do DF. Durante a conversa, a escritora Dinorá Couto contou que sua obra traz um recorte de quando ela chegou a Brasília. “É minha história real há quase 50 anos. (…) Todas as minhas histórias infantis são baseadas em fatos reais”, afirmou ela.

O livro lançado hoje é o sexto da carreira da escritora e traz a história de um garoto de três anos que se depara com diversos animais desconhecidos, o que o deixa confuso. O pai terá a missão de ensiná-lo sobre o mundo animal que não fica exposto no zoológico. 

Durante o bate-papo, a Dinorá deu um conselho para quem pretende se aventurar pelo universo da escrita. “Como a gente começa a escrever, ler primeiro, bastante, para ter vocabulário (…) Literatura é ficção, é imaginação fértil, mas se a gente puder passear pelo fato real e pela protagonista ao vivo melhor ainda”, disse. 

“Através do cerrado”

A mostra traz 27 quadros pintados pela artista e servidora do TJDFT Luana Melo. As telas misturam cores vivas e cenas que fazem parte do dia a dia. 

Na conversa que se seguiu ao evento, a servidora explicou como funciona o seu processo criativo. “Faço fotografias e pego aquela que mais se aproxima do que quero pintar. Baseado nessa escolha, começo a pintar”, afirmou. Luana conta que costuma pintar seus quadros em um único dia. 

A artista relatou ainda o desejo de começar a pintar ao ar livre. Um dos retratos que tinha em mente era o do flamboyant que ficava em frente ao TJDFT, mas que foi pintado com base em fotos. “Tanto o flamboyant quanto o ipê que tem próximo à sede do Tribunal são duas árvores que gostaria de ter pintado ao vivo. Mas veio a notícia que o flamboyant tinha caído, e fiquei triste porque não tive essa experiência. A forma que encontrei foi colocar numa aquarela esse flamboyant para ficar eternizado”, disse. 

Faça uma visita à exposição virtual “Através do Cerrado”.

Arte e Cultura em Casa

O “Memorial TJDFT Virtual: Arte e Cultura em Casa” é uma realização da 1a. Vice-Presidência, por meio do Núcleo de Apoio à Preservação da Memória Institucional – NUAMI. O evento dá continuidade ao calendário cultural do Memorial TJDFT, que ocorre desde 2013. 

No encerramento da terceira edição, o juiz auxiliar da 1a. Vice- Presidência e Presidente da Comissão de Exposições e Mostras Temporárias para o Memorial TJDFT, Francisco Antônio Alves de Oliveira, lembrou que um dos objetivos do evento é “continuar a divulgar a história institucional do Tribunal e promover o pleno acesso à cultura local, apesar das medidas de distanciamento social”.