Medidas Protetivas de Urgência são debatidas em Caravana Virtual dos Centros de Inteligência

Medidas Protetivas de Urgência são debatidas em Caravana Virtual dos Centros de Inteligência

Medidas Protetivas de Urgência são debatidas em Caravana Virtual dos Centros de Inteligência

por DM — publicado 2024-10-17T12:56:06-03:00

Belinati2.png“As Medidas Protetivas de Urgência devem ser valorizadas e tratadas com o devido rigor, pois cumprem um papel indispensável na proteção da vida e integridade das vítimas”. Com essas palavras, o 1º Vice-Presidente do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) e Presidente do Centro de Inteligência da Justiça do Distrito Federal (CIJDF), Desembargador Roberval Belinati, abriu a “Caravana Virtual dos Centros de Inteligência – Nota Técnica CIJDF 14/2024: Medidas Protetivas de Urgência“, na manhã desta quinta-feira, 17/10. 

O evento, de iniciativa do CIJDF, vinculado à 1ª Vice-Presidência do TJDFT, em parceria com a Escola de Formação Judiciária (EjuDFT) e com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), apresentou de forma on-line as modificações legislativas promovidas pela Lei 14.550/2023 relativamente à autonomia e à duração das medidas protetivas de urgência, bem como o modo como esses temas têm sido enfrentados pelos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra Mulher do DF e pela jurisprudência do TJDFT, tal como abordado na Nota Técnica n. 14 do CIJDF.

Em seu pronunciamento, o Desembargador Roberval Belinati deu as boas-vindas aos participantes e ressaltou que o evento marca a retomada das caravanas, idealizadas pelo CNJ em 2021, com o objetivo aprofundar a discussão de temas jurídicos relevantes. O magistrado afirmou que esta caravana trata “um tema de extrema importância” e enfatizou a questão da indeterminação dos prazos das medidas protetivas de urgência. “É essencial que tais medidas não sejam revogadas sem que a mulher vítima de violência seja previamente ouvida. Não é prudente estabelecer prazos fixos para a vigência destas medidas, tampouco revogá-las automaticamente ao término deste prazo, já que os riscos que elas buscam neutralizar ainda pode resistir”, afirmou o 1º Vice-Presidente do TJDFT.

Luciana Yuki.pngDaniela Madeira.pngEm seguida, a Juíza do TJDFT Luciana Yuki, Coordenadora do Centro de inteligência da Justiça do DF, valorizou a realização das caravanas, que permitem o intercâmbio de ideias entre os centros de inteligência do Poder Judiciário. “Esta troca de experiências e esta sinergia gerada nos encontros têm um valor inestimável, pois elas permitem o fortalecimento de uma Justiça que responde de forma mais proativa às demandas e que antecipa as dificuldades, promovendo um ambiente de previsibilidade e segurança jurídica”, explicou.

Conselheira do CNJ Daniela Madeira, Juíza Federal do Tribunal Regional Federal (TRF) da 2ª Região e Coordenadora do Laboratório de Inovação, Inteligência e Objetivos de Desenvolvimento Sustentável do Poder Judiciário, fez uso da palavra para agradecer a acolhida do Desembargador Roberval Belinati para a realização da caravana virtual pelo TJDFT. A Conselheira falou sobre o histórico das caravanas e do seu objetivo de “trabalhar em rede, divulgar o trabalho dos centros de inteligência, que são tão importantes para o Poder Judiciário”, destacou. “A atuação dos centros de inteligência hoje é tão importante quando uma atuação jurisdicional, porque é aonde a gente consegue verificar realmente essas demandas que tanto assoberbam o Poder Judiciário”, ressaltou.

Após os discursos de abertura, a Juíza de Direito Substituta do TJDFT Paula Afoncina Barros Ramalho, Coordenadora do Grupo Temático de Direito Criminal do CIJDF, apresentou as palestrantes e mediou os debates sobre a Nota Técnica que trata das Medidas Protetivas de Urgência.  

Participaram dos debates, na qualidade de palestrantes, a Promotora de Justiça do MPDFT, Adalgiza Medeiros, Coordenadora do Núcleo de Direitos Humanos, com atuação no Núcleo de Gênero e na pauta LGBTQIAPN+, que falou sobre a natureza jurídica e a autonomia das medidas protetivas; a Juíza do TJDFT Fabriziane Zapata, integrante o Núcleo Permanente Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (NJM/TJDFT), que tratou da gestão de risco nas Medidas Protetivas de Urgência; e a Defensoria Pública do DF Rafaela Mitre, Coordenadora do Núcleo de Promoção e Defesa dos Direitos das Mulheres (NUDEM/DPDF), que falou sobre a participação da ofendida em relação à questão da monitoração do risco, da duração dos prazos da medida e qual a maneira mais qualificada de trazer a ofendida para o processo de avaliação de risco.

Também participaram da Caravana promovida pelo CIJDF a Conselheira do CNJ Renata Gil; o Juiz Auxiliar da 1ª Vice-Presidência do TJDFT e Supervisor do CIJDF, Luis Martius Junior; o Juiz Angelo Pinheiro, Coordenador do CIJDF; e a Juíza Auxiliar da Presidência do CNJ  e Coordenadora do NJM/TJDFT, Luciana Lopes Rocha; Juíza Auxiliar da Presidência do CNJ, Ana Lúcia Andrade de Aguiar.

A Caravana Virtual pode ser assistida no canal do TJDFT no YouTube.

Fonte: TJDFT