Juíza do TJDFT participa de audiência pública sobre violência contra pessoas idosas na Câmara dos Deputados

Juíza do TJDFT participa de audiência pública sobre violência contra pessoas idosas na Câmara dos Deputados

Juíza do TJDFT participa de audiência pública sobre violência contra pessoas idosas na Câmara dos Deputados

por ACS — publicado 2024-06-06T12:36:42-03:00

Print de tela com a transmissão da audiência pela internet com a juíza Monize em destaqueA Juíza Auxiliar da Corregedoria da Justiça do DF, titular do 2º Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Ceilândia e Coordenadora da Central Judicial da Pessoa Idosa (CJI), Monize Marques, participou, nessa quarta-feira, 5/6, de audiência pública da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa da Câmara dos Deputados. A reunião teve como objetivo tratar do tema “Dia Mundial de Conscientização da Violência Contra a Pessoa Idosa e Combate ao Etarismo”.

A magistrada falou sobre a importância da aproximação da área médica e da área jurídica para identificação dos casos de violência contra pessoas idosas, bem como sobre estatísticas, casos reais ocorridos recentemente sobre o tema e questões de violência doméstica contra a mulher envolvendo mães idosas e filhos. 

A Juíza ressaltou ainda a urgência na capacitação dos profissionais da saúde para a realização de notificações compulsórias de casos de violação de direitos. “É necessário que a gente busque uma articulação cada vez maior com os profissionais da área da saúde, porque o Estatuto da Pessoa Idosa traz a espécie de notificação compulsória, e grande parte das denúncias de violação mais evidentes nos estão sendo oferecidas pelo Núcleo de Notificação Compulsória da Secretaria de Saúde do Distrito Federal”, disse.

A Coordenadora da CIJ destacou, também, o aumento no número de casos de violência sexual contra mulheres idosas. Argumentou que o abusador se utiliza da ausência de provas, de vestígios físicos e da impossibilidade da mulher idosa engravidar, para se apoderar dessa vulnerabilidade. “Os abusadores têm aumentado seu interesse por mulheres idosas, e nós só estamos tomando conhecimento desse número assustador de abusos sexuais por meio da Secretaria de Saúde. Fica o meu apelo para que a gente possa, de fato, capacitar cada vez mais os profissionais de saúde para a notificação compulsória, levando em consideração que a simples desconfiança do profissional é suficiente para que ele faça esse acolhimento inicial da pessoa, e que a gente possa, como Sistema de Justiça, compreender que nós não estamos tratando de uma vulnerabilidade comum. Essa vulnerabilidade perpassa todos os grupos sociais. Todos nós iremos envelhecer. Então esse é um apelo para a manutenção da dignidade da sociedade”, ressaltou a magistrada.

Assista aqui a íntegra da audiência pública. A participação da Juíza Monize Marques tem início aos 39 minutos.

Fonte: TJDFT