A Juíza Rejane Jungbluth Suxberger, atual titular da 5ª Vara de Entorpecentes do DF, falou ao programa CB Poder desta semana sobre vários aspectos que permeiam a violência doméstica contra a mulher, e as medidas de enfrentamento.

Durante a entrevista, a magistrada falou ainda sobre o livro “Invisíveis Marias, histórias além das quatro paredes e Violência Doméstica e o Sistema de Justiça”, de sua autoria, apontou como a violência começa em um relacionamento conjugal e o impacto da pandemia no cenário de violência dentro das famílias. Ela também defendeu a eficácia das medidas protetivas para as mulheres vítimas de violência doméstica.

“Quando há casos em que a mulher sofre violência, mesmo com a medida protetiva, isso não significa ineficácia. Pelo contrário. Quantas mulheres a medida tem salvado? O que ocorre é algo que nós, do sistema judiciário, temos reiteradamente reforçado nas salas de audiência, para que as mulheres não se encontrem com seus agressores. Todos os casos que acompanhei durante os 15 anos de magistratura, de mulheres que tinham a medida, foram casos em que havia encontros com o agressor. É como se fosse uma armadilha”, destacou a magistrada em um trecho da entrevista.

Assista à  íntegra do programa CB Poder no canal do Correio Braziliense no YouTube.

REJANE SUXBERGER é juíza titular da 5ª Vara de Entorpecentes do DF. Mestre em Direito pelo UniCeub, Máster em gênero e igualdade pela Universidade Pablo de Olavide – Sevilha/Espanha e Doutoranda em Ciências Sociais na linha de gênero e igualdade pela Universidade Pablo de Olavide.