História Oral: Desembargador Roberto Freitas compartilha paixão pelo esporte, docência e estudo
O 1º Vice-Presidente do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), Desembargador Roberval Belinati, entrevistou o Desembargador Roberto Freitas Filho, nesta quinta-feira, 21/1. A gravação, ocorrida no Memorial TJDFT – Espaço Desembargadora Lila Pimenta Duarte, irá compor novo episódio do programa História Oral, que será disponibilizado no canal do TJDFT no YouTube, em breve.
Durante a entrevista, o Desembargador Roberto Freitas Filho compartilhou um pouco de sua história pessoal, familiar, acadêmica e profissional. Natural de Santos/SP, o magistrado cresceu no litoral paulista, de onde sua família é originária. “Toda a minha formação afetiva, meu enraizamento é caiçara, santista”, explicou. O pai e o avô, inclusive, foram jogadores profissionais no Santos Futebol Clube, time para o qual torce. O avô jogou no mesmo período em que o time contava com o rei do futebol brasileiro, Pelé.
O magistrado compartilha com a família o apreço pelo esporte. Foi atleta de natação na juventude, chegou a disputar campeonatos paulistas e brasileiros do esporte. “Minha formação de caráter e disciplina foi, em grande medida, moldada pela prática do esporte de alto rendimento”. Para ele, a rotina de atleta se refletiu nos outros campos de sua vida, como nos estudos. A natação o levou, no primeiro momento, a entrar na graduação de Educação Física. Mas, ao ter contato com o Direito, encantou-se com a disciplina, na qual atua hoje.
O trabalho no Direito o trouxe a Brasília em 2000, convidado para ser Diretor do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor, do Ministério da Justiça. Desde então, diversas oportunidades profissionais foram abertas para o magistrado que fez da capital seu lar. Após trabalhos na advocacia, docência, passagem pelo Executivo e Legislativo, foi nomeado Desembargador do TJDFT em 2017, em vaga reservada à advocacia pelo quinto constitucional.
O magistrado reconhece que o trabalho no Tribunal é árduo, mas que há também um comprometimento coletivo. “Nosso Tribunal é um Tribunal de excelência, tanto em termos de produtividade, como de qualidade. Tenho a clareza que temos os melhores servidores(as) do país”, defende.
O entrevistado também compartilhou duas de suas paixões: a docência e o estudo. Mesmo como Desembargador do TJDFT, o magistrado segue lecionando. Atualmente, é professor dos programas de Doutorado e Mestrado do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), mas já deu aulas e coordenou cursos no Brasil e exterior. Além da graduação em Direito pela Universidade Católica de Santos, tornou-se mestre e doutor pela Universidade de São Paulo (USP) e pós-doutor pela Universidade de Wisconsin – Madison – EUA e pela Università La Sapienza – Roma. “Tenho essa compulsão pelo estudo”, confessou.
O Desembargador reconhece que figuras de referência foram fundamentais para as conquistas de sua vida. Destaca os pais, a esposa e a filha. “São os esteios da minha vida, que me permitem fazer tudo que faço, com o intuito de sempre melhorar”, disse. O magistrado também se recordou de professores que o acompanharam em suas diversas formações e colegas de trabalho. “Um colega advogado me disse, ainda no início da minha carreira: ‘tudo que você fizer, faça da melhor forma possível’. Talvez ele não tenha a percepção da importância que essa fala tem, até hoje, para mim”.
Com relação ao futuro, divide que pretende continuar a dar o seu melhor nas diferentes áreas de sua vida. “Sou muito modesto com relação às expectativas futuras. Me sinto um servidor, e é isso que pretendo continuar fazendo: estudando, aprendendo, servindo”.
Por fim, o magistrado deixa uma mensagem a quem deseja ingressar na magistratura ou alcançar outros objetivos na vida: “disciplina, comprometimento, não se furtar à leitura e sempre fazer o melhor possível”.
Estiveram presentes nos bastidores da gravação a Secretária de Gestão da Informação e do Conhecimento, Gabriela de Angelis Penaloza Mendes; o Assessor da 1ª Vice-Presidência do TJDFT, Jovaldo dos Santos; a Assessora do Gabinete do Desembargador Roberto Freitas Filho, Daniela Cruxen; o Supervisor Substituto da Coordenadoria de Custódia e Preservação da Memória Institucional (COAMI), Joaran Marques; e outros servidores do TJDFT.
História Oral
O Programa História Oral reúne acervo de entrevistas concedidas por magistrados(as), servidores(as), entre outros personagens, que participaram da trajetória do TJDFT.
Os depoimentos trazem um pouco da história do Tribunal desde a sua instalação, em 1960, até os dias de hoje. O objetivo é manter viva a história do Judiciário da capital do país. As entrevistas estão disponíveis na página do Memorial TJDFT.
O programa, criado e inicialmente conduzido pela Desembargadora Maria Thereza Braga Haynes, teve início em 2008. Em 2024, foi retomado pela 1ª Vice-Presidência do TJDFT, responsável pela manutenção do acervo histórico e pela Memória do Tribunal.
Fotos: Dimmy Falcão
Fonte: TJDFT