Desembargadora do TJDFT fala sobre racismo em entrevista ao Correio Braziliense
A Desembargadora Maria Ivatônia dos Santos concedeu entrevista ao jornal Correio Braziliense, que foi publicada na segunda-feira, 6/9. A magistrada falou sobre os desafios da carreira, desigualdade social e como o racismo afeta a vida de negros e negras no país.
A primeira desembargadora negra do TJDFT, natural de Arraias/TO e ex-delegada da Polícia Civil de Goiás, destacou que já foi destinatária de muitas práticas racistas durante sua vida, conforme registrou o jornal.
“Basta ser negro. A conduta racista vai chegar. Seja na forma de jogar bananas no campo de futebol para o jogador negro, seja na forma “o elevador de serviço está bem ali e funcionando”, seja na forma do elogio (“você é um-a negro-a de alma branca”, “jamais te vi como um-a- negro-a”, “meus amigos não têm cor”)”, detalhou a magistrada.
Além de racismo e desigualdade racial, a Desembargadora Maria Ivatônia também tratou das mudanças que a pandemia trouxe para sua vida. “Defini o que realmente tem valor, que o olhar compassivo precisa se acentuar, mas guiado pelo bom senso. Já sei o que colocar na mochila se tiver que sair correndo, enfim… parece que me tornei uma pessoa melhor”.
A magistrada tomou posse como desembargadora do TJDFT em dezembro de 2019. Ela ingressou na magistratura do DF em 07/05/1993, como juíza de direito substituta. Atuou na 2ª Vara de Entorpecentes e Contravenções Penais/DF. Foi titular da Auditoria Militar e da 2ª Vara Criminal de Taguatinga. Em 15/4/2014, tomou posse no cargo de juíza de direito substituta de 2º grau, antes de se tornar desembargadora.
Acesse a íntegra da entrevista concedida ao Correio Braziliense.
Fonte: TJDFT