CIJ-DF promove Jornada de Design Thinking para rede de proteção infantojuvenil
De 19 a 23/9, a Coordenadoria da Infância e da Juventude do Distrito Federal (CIJ-DF) promoveu gratuitamente a Jornada Design Thinking (DT) aos parceiros da Rede de Proteção à Criança e ao Adolescente do DF. O evento ocorreu em cinco encontros presenciais no Clube Social Unidade de Vizinhança, na Asa Norte.
Articulada pela CIJ-DF, trata-se de iniciativa do Projeto Transformando Cidadãos pela Cultura, executado pelas entidades Transforme e Ithaka, que utiliza a abordagem Design Thinking para facilitar o processo de expressão criativa, possibilitar formas de comunicação mais imaginativas e despertar o potencial inovador, tornando as pessoas mais confiantes para realizar transformações nos seus contextos de atuação.
Dentro da perspectiva dos atores do Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente (SGDCA), a ideia foi proporcionar o diálogo entre eles de uma forma empática e colaborativa; favorecer a sua interconexão e interação com outros atores do SGD; propiciar metodologias de trabalho com maior efetividade na construção coletiva de soluções e apoiar a Rede na busca de estratégias para solucionar problemas e desafios com a utilização da abordagem DT.
Entre os 13 participantes da Jornada, figuraram representantes de instituições e órgãos públicos, tais como SEJUS-DF, conselhos tutelares, Centro Olímpico e Paralímpico, Instituto Bombeiros de Responsabilidade Social – BRES, Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, Educação Socioprofissional e Educação Infantil. A CIJ-DF realizará outra jornada neste ano e conta com uma lista de espera.
Resultados
Segundo o assessor administrativo da CIJ-DF, Gelson Leite, os participantes identificaram problemas reais e conseguiram elaborar soluções criativas de modo colaborativo. Como resultado prático, foi confeccionado um modelo de proposta a ser encaminhada ao Secretário de Justiça e Cidadania do DF, que consiste em utilizar recursos já existentes no Conselho Tutelar de Brazlândia para promover assistência às famílias em situação de violência.
Conforme o assessor, a CIJ-DF celebrou os resultados da capacitação como oportunidade de instrumentalizar atores sociais com um cabedal de ferramentas práticas, essenciais ao enfrentamento dos desafios e da necessidade de gerar soluções criativas em ambientes colaborativos. “A DT já provou ser uma abordagem de ponta, tanto que é adotada pelos laboratórios de inovação e espaços similares, instituídos pela política de Gestão da Inovação no âmbito do Poder Judiciário, pelo Conselho Nacional de Justiça. Uma das estratégias enxergadas pela CIJ é a de que os participantes da jornada sejam multiplicadores da abordagem em seus respectivos contextos de atuação”, compartilhou Leite.
Depoimentos
Fátima Orbage de Britto, conselheira tutelar da Asa Sul
“Eu me propus a fazer o curso Design Thinking sem saber o que me poderia esperar. Foram muitas descobertas com meus colegas de jornada DT. Tivemos oportunidade de fomentar nossa criatividade e florescer ideias para buscar soluções inovadoras para nossos problemas sem cair na burocracia. Trabalho intenso e de descobertas. Estou aplicando nos desafios diários do CT que exigem trabalho em rede e criatividade nas soluções. Oxalá que venham outras jornadas DT. Obrigada a todos.”
Thereza De Lamare, coordenadora do Centro 18 de Maio
“A participação na Jornada de Design Thinking foi enriquecedora e teve por objetivo central conhecer qual é a abordagem do DT para que pudéssemos conhecer como é feito esse processo da elaboração do pensamento de uma maneira bastante criativa e possibilitar, na integração com o grupo, expandir e ter a oportunidade de falar aquilo que a gente pensa e com isso ir construindo coletivamente as ideias, sem restrição, sem juízo de valor, sem um criticar o outro. As ideias são colocadas no papel. Essa oportunidade possibilitou que a gente fizesse um exercício sobre a realidade do acolhimento de crianças e adolescentes. Chegamos ao final a ‘prototipar’ casos de crianças em situação de violência e observamos várias questões importantes na rede de proteção nesse caminhar das crianças.”
Fonte: TJDFT