Central Judicial do Idoso aposta na solução pacífica de conflitos para beneficiar idosos

Central Judicial do Idoso aposta na solução pacífica de conflitos para beneficiar idosos

Central Judicial do Idoso aposta na solução pacífica de conflitos para beneficiar idosos

por ACS — publicado 2023-06-12T18:07:00-03:00

A mediação é uma conversa entre pessoas que precisam resolver uma disputa de interesses. E tem sido uma importante aliada na resolução dos conflitos que chegam à Central Judicial do Idoso (CJI). Isso porque, em boa parte dos casos acolhidos pelo serviço, as demandas envolvem parentes próximos e o risco de serem agravadas pelo litígio. Em 2022, a CJI registrou 302 casos de violência contra pessoas idosas, número ligeiramente menor que no ano de 2021 (317 registros), mas mais elevado que os anos anteriores 2018 (248 casos); 2019 (161 registros) e 2020 (113). 

Ao longo do ano de 2022, o Núcleo de Mediação da CJI realizou 2.361 atendimentos, sendo 1.177 deles diretamente voltados à mediação. O trabalho resultou em uma taxa de acordos de 77,6%. O percentual é animador, pois é o maior dos últimos anos. Em 2018, foi de 60%; 70% em 2019; 54% em 2020 e 68% em 2021.

Nas sessões, o mediador atua no sentido de levar os participantes a compreenderem melhor o problema para que todos cheguem a uma solução que atenda ao bem-estar da pessoa idosa. Ele utiliza técnicas para promover o diálogo entre os envolvidos. O desejo de encontrar uma solução pacífica é fundamental no processo. As partes são convidadas e não obrigadas a participar. Dentro desse contexto, busca-se criar um ambiente no qual tenham a oportunidade de expressar seus interesses, necessidades e preocupações, com o propósito de encontrar soluções que sejam boas para todos e que protejam os idosos e a própria família.

Segundo a Juíza Monize Marques, coordenadora a CJI, “a mediação é uma ferramenta muito importante para prevenir a prática de violência contra a pessoa idosa, mas não é a intervenção adotada quando a prática delitiva está implantada”. A magistrada ressalta, ainda,  que o acesso à Justiça deve contemplar o acesso à educação em direitos. “Assim, a mediação seria uma intervenção inicial, com o objetivo de se promover um espaço seguro em que as próprias partes alcançariam a solução consensual. Não havendo possibilidade de acordo e, verificada a prática de alguma conduta delitiva, o Judiciário está pronto para promover as demais formas de intervenção na família, mas agora com fundamento no Direito Penal, observando-se a atuação do Ministério Público e da Defesa técnica”, frisou. 

Central do Idoso

A CJI atua na defesa dos direitos das pessoas com 60 anos ou mais do Distrito Federal. É uma parceria entre o TJDFT, o MPDFT e a Defensoria Pública do DF. Conta também com o apoio da Polícia Civil do DF. A pessoa idosa, bem como familiares, vizinhos, cuidadores, instituições ou a própria comunidade podem entrar em contato com a Central pelo telefone (61) 3103-7609. A CJI atende também de forma presencial, das 12h às 19h, nos dias úteis, no térreo do Bloco B do Fórum de Brasília, sala 104.

Fonte: TJDFT