O Tribunal do Júri de Taguatinga condenou Diego Nunes Freitas a 26 anos de prisão pela morte de sua ex-companheira Rosiléia Pereira Freitas. A pena deve ser cumprida em regime inicial fechado. O réu não poderá recorrer em liberdade. O julgamento ocorreu nessa quinta-feira, 14/10. 

O crime ocorreu no dia 13 de fevereiro de 2021, sábado de Carnaval, na Quadra 52 de Taguatinga. De acordo com denúncia do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios – MPDFT, Diego teria atacado a vítima pelas costas com golpes de faca enquanto ela caminhava na rua com a mãe. Para o MPDFT, o crime foi praticado contra mulher por razão do sexo feminino, uma vez que os dois tiveram união estável por cerca de 20 anos. 

A defesa do acusado, por sua vez, sustentou a tese de absolvição por clemência ou, de forma subsidiária, a exclusão das qualificadoras. Em plenário, por maioria dos votos, os jurados reconheceram tanto a materialidade quanto a autoria do crime. Os jurados também acolheram as qualificadoras de crime praticado por meio cruel, com recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio.

Ao fixar a pena, o juiz presidente do Júri registrou que a conduta do acusado “foi extremamente censurável, revelando imenso desvalor pela vida humana”. “O réu conviveu com a vítima aproximadamente 20 anos, e, mesmo assim, agiu com elevadíssimo índice de violência, desferindo 47 golpes de faca na vítima na presença de sua genitora e somente cessou com intervenção de terceira pessoa, observando a vítima agonizar até sua morte, razão pela qual a culpabilidade merece um grau de reprovação maior”, afirmou.

Acesse o PJe1 e conheça o processo: 0000048-34.2021.8.07.0007