Grupo reflexivo para homens realizado pelo TJDFT é destaque no Correio Braziliense

Grupo reflexivo para homens realizado pelo TJDFT é destaque no Correio Braziliense

Grupo reflexivo para homens realizado pelo TJDFT é destaque no Correio Braziliense

por ACS — publicado 2022-03-08T10:52:00-03:00

Audiodescrição: print de tela com a matéria do Correio Braziliense publicada na internet. Texto: Agressores confrontados com a própria violência. Conheça a história de homens que, em grupos de atendimento, passaram por um processo de autorresponsabilização por seus atos e decidiram trilhar um caminho que busca melhoria e mudança na maneira de se relacionar com as mulheresMatéria do jornal Correio Braziliense destacou, em matéria desta segunda-feira, 7/3, o trabalho do projeto do TJDFT “Grupo Reflexivo de Homens”, que se destina a promover um espaço grupal de intervenção breve para os autores de violência contra a mulher.

A gestora substituta do Núcleo Permanente Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar – NJM, Márcia Borba, explicou que as reuniões da equipe consistem em seis encontros que atuam em dois tipos de intervenção: uma parte dos agressores é encaminhada pelo Juizado de Violência Doméstica, e o outra advém de uma parceria com a Secretaria de Segurança Pública, que encaminha homens desse setor de segurança que têm processos baseados na Lei Maria da Penha.

Márcia Borba esclareceu que encontros são divididos em temas: acolhimento, mitos nas comunidades, gênero e violência contra a mulher, habilidades relacionais, Lei Maria da Penha e auto responsabilização.

“Não usamos o termo reeducação. Nossa abordagem é reflexão das responsabilidades, para que eles possam sair da Justiça dando significado à passagem deles aqui”, afirmou a coordenadora dos grupos reflexivos.

Confira a íntegra da matéria do Correio Braziliense.

Grupo Reflexivo de Homens no TJDFT

O Projeto “Grupo Reflexivo de Homens” teve início em abril de 2016. A iniciativa está amparada pela Lei Maria da Penha, que recomenda a criação de espaços de “educação” e “reabilitação” para os autores de violência contra mulher. Os grupos acontecem em 6 encontros semanais com duração de duas horas cada um, sendo o primeiro o Encontro de acolhimento. A quantidade de participantes varia entre 15 e 20 homens. Durante os encontros são trabalhados vários temas, dentre eles: 1. Sistema de crenças, mitos e masculinidades; 2. Gênero e violência contra a mulher; 3. Habilidades relacionais; 4. Lei Maria da Penha; 5. Autorresponsabilização.

Atualmente, devido ao contexto que estamos vivenciando com a pandemia de COVID-19, estão sendo realizadas as Reuniões Dialogadas Virtuais. As reuniões acontecem na modalidade online através da plataforma Microsoft Teams. Os homens encaminhados também devem participar de seis encontros, com duas horas de duração cada um, com os mesmos temas previstos nos encontros presenciais. As Reuniões Dialogadas Virtuais surgiram a partir da necessidade de atender a demanda de homens encaminhados pelos Juizados ao NJM nesse momento em que os encontros presenciais ainda não são possíveis.

O Grupo Reflexivo e as Reuniões Dialogadas Virtuais têm como objetivo promover um espaço grupal de intervenção breve que possibilite a atribuição de um novo sentido à sua passagem pela justiça, ou seja, perceber-se como sujeito ativo na construção da dinâmica de violência.

Ambas as iniciativas são realizadas com homens que estejam respondendo processos judiciais na Lei Maria da Penha, em qualquer fase processual. O encaminhamento deve ser feito exclusivamente pelos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher do Distrito Federal ao Núcleo Judiciário da Mulher via PJe.

Homenagem às mulheres

Nesta terça-feira, 8/3, o jornal Correio Braziliense publicou matéria em alusão ao Dia Internacional das Mulheres, com participação da juíza do TJDFT Caroline Santos Lima. No texto, diferentes mulheres de ocupações diversas respondem à pergunta “o que realmente importa para você neste 8 de março?

A magistrada acredita que a palavra principal é respeito. “O que mais se espera sempre, enquanto mulher, é o respeito em toda a amplitude que a palavra mulher representa, em todos os papéis, que a mulher tem que não são poucos”, comentou a juíza.

Fonte: TJDFT